O advogado Paulo Cunha Bueno, representante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), informou ter protocolado nesta quinta-feira (20) uma ação junto ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O objetivo é garantir que a defesa do ex-mandatário tenha pleno acesso aos elementos da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, cujo julgamento será realizado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana.
Segundo Bueno, as defesas dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não têm acesso completo ao material coletado durante a investigação, recebendo apenas os elementos previamente selecionados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Entre os conteúdos que estariam sendo negados, ele cita “mídias dos dispositivos eletrônicos apreendidos, incluindo telefones celulares”, que considera fundamentais para o exercício da ampla defesa.
Diante dessas restrições, o advogado alega que a situação compromete não apenas a defesa plena dos acusados, mas até mesmo o direito a uma defesa mínima. No STF, os pedidos apresentados pelos advogados de Bolsonaro para obter mais prazo e afastar os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino do caso foram negados.
Com isso, o julgamento do chamado “núcleo 1” da denúncia – que inclui Bolsonaro e ex-ministros de seu governo – segue mantido para os dias 25 e 26 de março na Primeira Turma do STF.
Com informações do Jornal da Cidade.
