A manutenção das regras rígidas para emendas parlamentares pode travar o pacote de cortes de gastos na Câmara dos Deputados, com possibilidade de votação apenas no próximo ano. Esse é o sentimento de deputados e senadores ouvidos pelo site IstoÉ.
Nesta segunda-feira, o ministro Flávio Dino manteve sua decisão de exigir transparência rigorosa para a execução das emendas parlamentares, negando um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), órgão ligado ao Palácio do Planalto.
Outro ponto que gerou insatisfação foi um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou dificuldades em rastrear emendas do chamado orçamento secreto. Na visão dos parlamentares, o envio desse documento ao STF demonstra a participação do governo na questão, o que aumentou a insatisfação.
Em meio à crise, líderes aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram negociações para tentar contornar a situação. Há discussões em curso para liberar parte das emendas ainda nesta semana, mas um acordo definitivo ainda não foi firmado.
Por Isto é