Paulo Afonso, BA – O tema da abertura de uma CPI dos terrenos em Paulo Afonso tem tirado o sono de vereadores, secretários e alguns funcionários públicos. A população tem notado que, quando o tema é levantado na Câmara, a intenção parece ser apenas causar desconforto. Muitos acreditam que a maioria dos vereadores tem alguma ligação com as irregularidades ou com as pessoas envolvidas no caso e não querem se indispor.
Relatos e Fontes
Segundo uma fonte, um funcionário público que atuou no setor é um verdadeiro “arquivo vivo” e tem alardeado que, se for convocado, não prestará esclarecimentos. Talvez ele precise entender melhor como funciona uma CPI, pois todos sabem como começa, mas o que realmente assusta os edis é como ela termina.
Mario Galinho
O prefeito eleito Mario Galinho terá uma grande dor de cabeça ao assumir, trabalhar com uma bancada de aliados envolvidos em irregularidades, será um grande desafio, ele deve lembrar que no primeiro momento ele tem a população ao seu lado, “acordos” para aliviar a barra de vereadores pode custar caro e minar sua popularidade, afinal o povo votou em busca de mudança, transparência, ética e moral, o alicerce da campanha de Mario Galinho.
Papel do Ministério Público
É hora do Ministério Público entrar em ação e solicitar à Câmara de Vereadores os documentos que foram juntados para dar início ao pedido de abertura da CPI. O Ministério Público já possui em arquivo uma situação de vendas irregulares no Caminho dos Lagos, onde elementos tentaram transformar uma praça em propriedade. A procuradoria do município acionada resolveu anular as vendas. Com mais dados a acoplar essa situação, o Ministério Público pode vir a desvendar um verdadeiro esquema criminoso de terrenos públicos. A situação é igual à cabeça de bacalhau: todo mundo sabe que existe, mas ninguém sabe onde está.
Confiança da População
Se os vereadores, por interesses pessoais ou ligações com os envolvidos, demonstram que pela Câmara a investigação pode terminar em pizza, a solução é solicitar ao Ministério Público que abra uma investigação independente. A população de Paulo Afonso quer respostas e transparência. Está claro que, sem uma intervenção mais firme, as questões envolvendo os terrenos continuarão a ser um ponto de discórdia e desconfiança. O papel do Ministério Público é crucial para garantir que a verdade venha à tona e que os responsáveis sejam devidamente investigados.
Por: Revista Baiana de Notícias Fonte: Portal da Feira