Por Agência de Notícias RBN
Fonte: Bahia.ba
Foto: Rafael Ribeiro / CBF
O Brasil ficou no empate de 1 a 1 com os Estados Unidos, na noite desta quarta-feira (12) no estádio Camping World, em Orlando (Flórida), em seu último amistoso antes do início da Copa América, que será disputada entre os dias 20 de junho e 14 de julho. O confronto teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional.
Após fazer uma apresentação de altos e baixos na vitória de 3 a 2 sobre o México no último domingo (9), a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior voltou a mostrar dificuldades para controlar as ações diante de uma seleção dos Estados Unidos que vem de derrota de goleada de 5 a 1 para a Colômbia, um dos adversários da equipe brasileira na primeira fase da competição continental de seleções.
O problema de conceder espaços para a equipe adversária ficou evidente logo aos quatro minutos do primeiro tempo, quando o volante Musah teve liberdade para acertar um chute muito forte da entrada da área que foi no travessão do gol defendido pelo goleiro Alisson.
Os Estados Unidos também apresentavam dificuldades na marcação, e concederam espaços para o rápido ataque do Brasil, que criou boas oportunidades com Rodrygo, aos seis minutos, e Vinicius Júnior, aos treze, aos quinze e aos dezesseis minutos.
Após tanto tentar o Brasil abriu o placar aos dezessete minutos, quando Bruno Guimarães recuperou uma bola no campo de ataque e tocou para Raphinha, que serviu Rodrygo, que bateu cruzado para superar o goleiro Turner. Mas os Estados Unidos não demoraram a igualar. O árbitro marcou uma falta perto da risca da grande área, que, aos 25 minutos, o atacante Pulisic cobrou com categoria, de forma rasteira, para superar o goleiro Alisson.
O confronto continuou aberto, com oportunidades de lado a lado, mas nenhuma das duas equipes teve competência para mudar novamente o placar no restante do primeiro tempo. Após o intervalo o técnico ainda realizou algumas mudanças, como a entrada do centroavante Endrick, mas o Brasil continuou muito mal e a igualdade perdurou até o apito final.
Copa América
Agora a seleção brasileira joga pela Copa América, competição na qual disputa a primeira fase pelo Grupo D. A estreia da equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior será contra a Costa Rica, no dia 24 de junho em Los Angeles. O segundo compromisso do Brasil é diante do Paraguai, no dia 28 de junho no Allegiant Stadium, em Las Vegas.
A última participação da seleção brasileira na fase inicial da competição será no dia 2 de julho, contra a Colômbia no Levi’s Stadium, em Santa Clara.
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Trio acusado de racismo contra Vinicius Jr. é condenado a 8 meses de prisão
Fonte: Bahia.ba
Foto: Foto: Reprodução/Gety Images
A Justiça da Espanha condenou, nesta segunda-feira (10), três torcedores do time de futebol Valência, acusados de proferirem insultos racistas contra o brasileiro Vinicius Jr, durante partida do campeonato espanhol, em maio do ano passado. O trio também ficou proibido de ir a estádios durante dois anos. Os três foram considerados culpados na acusação de delito contra a integridade moral, com agravante de discriminação por motivos racistas.
Em matéria, a Folha de São Paulo apura que a LaLiga, responsável pelo campeonato espanhol, declarou que esta é a primeira sentença condenatória deste tipo na Espanha como consequência da denúncia feita pela própria liga.
“Muitos pediram para que eu ignorasse, outros tantos disseram que minha luta era em vão e que eu deveria apenas jogar futebol. Mas, como sempre disse, não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas. Essa primeira condenação penal da história da Espanha não é por mim. É por todos os pretos”, escreveu o jogador em rede social.
“Que os outros racistas tenham medo, vergonha e se escondam nas sombras. Caso contrário, estarei aqui para cobrar. Obrigado a La Liga e ao Real Madrid por ajudarem nessa condenação histórica. Vem mais por aí…”complementou.
Segundo o Real Madrid, o trio escreveu uma carta pedindo desculpas ao atacante brasileiro. “Os três acusados assumiram a sua responsabilidade criminal e tornaram pública uma carta de desculpas dirigida ao nosso jogador Vinicius Junior, ao Real Madrid e às pessoas que se sentiram ofendidas e ofendidas”, informou o clube em nota.
Javier Tebas, presidente da entidade e que já esteve envolvido em escândalos ligados aos ataques racistas direcionados contra Vinicius Jr., afirmou que “esta sentença é uma grande notícia para a luta contra o racismo na Espanha, já que repara o dano sofrido por Vinicius Jr. e lança uma mensagem clara às pessoas que vão a um estádio de futebol para insultar: de que a La Liga os detectará, denunciará e haverá consequências penais para eles”. No episódio em que o atleta foi chamado de macaco e fez uma critica publica à falta de punições na liga espanhola, Tebas insinuou, no Twitter, que o jogador estava sendo manipulado e que não deixaria o brasileiro manchar a imagem da competição.
Vinicius Junior foi ao ataque com fotos, vídeos e mensagens ressaltando episódios de racismo sofridos por ele e outros jogadores. O atacante recebeu apoio de nomes do esporte e de autoridades. Na sequência, Tebas pediu desculpas, e a La Liga lançou uma série de medidas de combate à discriminação racial no futebol.
“Entendo que possa haver certa frustração pelo tempo que essas sentenças levam para ser proferidas, mas isso demonstra que a Espanha é um país garantista a nível judicial”, acrescentou o presidente da LaLiga.
Insultos racistas
O caso que levou à condenação ocorreu em maio de 2023. Os insultos começaram por volta dos 15 minutos do segundo tempo, quando o brasileiro sofreu uma falta e foi chamado de “mono” (macaco, em espanhol) por torcedores adversários. Os xingamentos continuaram, a ponto de o locutor do estádio intervir pedindo o fim dos gritos, para que a partida não fosse suspensa.
Já nos acréscimos, depois de Vinicius identificar um dos torcedores e denunciá-lo para a arbitragem com gestos, jogadores das duas equipes trocaram empurrões. O brasileiro recebeu um “mata-leão” do atacante Hugo Duro e, ao se desvencilhar, atingiu o jogador do Valência no rosto —a ação foi punida com o cartão vermelho.
Após a partida, o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, saiu em defesa de Vinicius e classificou o ocorrido como “inaceitável”.
“O ambiente estava muito tenso, muito ruim, perguntei se ele queria continuar em campo. O fato de pensar que tenho que tirá-lo por causa de racismo não me parece certo. Eu devo tirar um jogador se ele não está jogando bem, mas pensar em tirar um jogador por racismo, nunca aconteceu comigo.”