Por Agência de Notícias RBN
O embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, solicitou uma reunião com o assessor de relações internas do governo Lula, o diplomata Celso Amorim, para discutir as críticas do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) sobre a ditadura chavista.
O pedido ocorre após a gestão de Lula tecer críticas ao governo de Nicolás Madura, após Caracas impedir a inscrição da candidatura da opositora Corina Yoris à presidência. Corina foi indicada por María Corina Machado, principal líder opositora da atualidade.
No ano passado, Maduro havia se comprometido no “Acordo de Barbados”, mediado pela Noruega e apoiado pela União Europeia, Estados Unidos e, inclusive pelo Brasil, a realizar eleições livres e justas, com participação da oposição.
Com os resultados favoráveis a María Corina nas primárias da oposição em dezembro, Nicolás Maduro determinou a prisão de opositores e separatistas venezuelanos.
Nesta semana, Lula criticou a atitude do governo venezuelo. O petista afirmou que a decisão de impedir a candidatura da oposição “não é compatível com o acordo de Barbados” e que a medida carece de “qualquer explicação oficial”.
Por sua vez, Maduro pontuou, via nota da chancelaria, que o comunicado feito pelo presidente brasileiro parecia “ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos EUA, onde são emitidos comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.